O Balneário das Águas Santas foi um estabelecimento termal com água medicinal que tratava e curava doenças da pele e que fechou há cerca de quarenta anos, quando a instalação de uma fábrica de sabões ao lado terá provocado a inquinação das águas.
As Termas das Caldas da Rainha, ex-libris da cidade e o mais antigo hospital termal do mundo, não foram o único estabelecimento de saúde da povoação a tratar de doenças com águas termais. Em 1852, a Câmara Municipal adquiriu o terreno por onde passava uma nascente que se dizia ter curado um leproso de uma aldeia vizinha e construiu um “barracão” para cobrir os banhos.
No ano seguinte, perante uma significativa afluência de doentes, surgiu uma subscrição pública, cujo resultado chegaria apenas para melhorar o edifício já existente, para pobres. Nesse ano foi feita a análise das águas e começaram as três nascentes entretanto detectadas a ser conhecidas por Águas Santas, em face dos benefícios que os pobres “herpéticos” delas colhiam.
Foram instaladas oito tinas e a partir de 1855 começaram a ser exploradas comercialmente pela Câmara.
No início da actividade existia alguma polémica em sequência do administrador do Hospital Termal opinar que aquelas nascentes deviam ser entregues à custódia do Hospital.
As instalações foram restauradas e ampliadas, e as águas foram ao longo dos anos utilizadas no tratamento de dermatoses, constituindo um complemento ao Hospital Termal fundado pela Rainha D. Leonor em 1485, que está vocacionado sobretudo para doenças músculo-esqueléticas e do foro respiratório.
Com o decorrer dos anos as instalações foram-se degradando e em 1957 a imprensa local escrevia que as águas tinham sido “aviltadas” com a construção de uma fábrica de sabões mesmo ao seu lado.
Em 2004 a Câmara Municipal anunciou a intenção de recuperar este edifício, preservando o espaço e a criando um centro interpretativo, para as gerações mais novas que não sabem que ali existiu um balneário termal.